
Desde 2014, o número de casos diagnosticados de HIV e Aids cresce na proporção de dois homens para cada uma mulher em Joinville. A população heterossexual representa 75% dos casos, enquanto a população homossexual e bissexual juntas somam os restantes 25%. Ou seja, lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e travestis podem de fato contrair HIV, mas a saúde LGBT vai muito além disso.
Mariana Franco, de 30 anos, trabalha com movimentos sociais, em específico a União Nacional LGBT de Santa Catarina e a União Brasileira de Mulheres e é uma mulher trans. Ela destaca que o atendimento humanizado no SUS, uma maior preocupação com as pessoas LGBT na terceira idade e o protocolo transsexualizador demorado são algumas das deficiências nos atendimentos. Sua transição foi tardia, durante a faculdade. “Deixei para mais tarde a minha transição, pelo preconceito na sociedade mesmo. Preconceito sofro todos os dias, meu corpo é político”, relata. A militante assinala que a saúde LGBT precisa de políticas públicas específicas e de visibilidade.