Profissionais da comunicação e turistas relatam suas experiências no país sede do mundial

O evento esportivo mais aguardado no mundo inteiro começou e está surpreendendo a todos. Além de proporcionar jogos emocionantes, a Copa do Mundo FIFA traz consigo a representação e a diversidade das culturas presentes de todos os países que estão disputando o torneio, principalmente conhecer um pouco mais sobre a cultura da Rússia que, neste ano, é o país sede da competição. Para os apaixonados por futebol e para aqueles que fazem a cobertura da Copa do Mundo, conhecer o país sede se torna fundamental.

A estudante de jornalismo Raquel Ramos fez uma viagem para conhecer a Rússia. De acordo com a joinvilense, a cultura dos russos é bem diferente da cultura brasileira. “Ele são um povo fechado, não antipático nem grosseiro,  mas são mais reservados, acredito que essa característica ocorre por causa do frio do país”. Raquel conta que na Rússia o sol se põe às 16h.

O país sede da Copa do Mundo de 2018 só tem luz do sol por quatro horas, no restante do dia o céu fica nublado. Uma das coisas que mais surpreendeu a estudante foi o chamado sol da meia noite, um fenômeno que faz com que as noites não fiquem escuras, o evento ocorre nos polos norte e sul durante os meses de junho e julho.

 

O idioma russo foi uma das dificuldades para a joinvilense | Foto: Arquivo Pessoal
Raquel Ramos turistando no metrô em Moscou | Foto: Arquivo Pessoal

Na culinária, a Rússia possui inúmeros pratos como os peixes  Aliche, Caviar e outros pescados e salgados para comer com Vodka, Strogonoff, churrasco de cerdo. Um dos costumes do país é comer o Aliche, Salmão e batatas na rua. “O Strogonoff e os peixes da rússia são uma delícia”, conta.

Raquel explica que uma das partes mais complicadas da viagem foi o idioma. “Na Rússia é impossível ler, entender e escrever uma palavra”. Durante a viagem a estudante teve três aulas do idioma russo, onde foram ensinadas algumas frases de cumprimento e de agradecimento.  

Raquel aponta que o Strogonoff é uma das comidas mais deliciosas do país| Foto: Raquel Ramos/Arquivo Pessoal

O idioma é um dos fatores mais complicados para quem está pensando em viajar para um país diferente. E, se falando da Rússia, o idioma pode ser uma grande dificuldade, visto que, em poucos lugares é falado o inglês básico. “Além da barreira da língua, a gente tem dificuldade de se relacionar com as pessoas do país, um povo muito fechado”, conta Lucas Figueiredo, fotógrafo da seleção brasileira. Ele ainda deu o exemplo do segurança do hotel que estão hospedados, mesmo o conhecendo, pede a credencial todos os dias.

Falando em Copa do Mundo todos os olhos se voltam para a seleção brasileira, não é verdade? Agora imagina ter a oportunidade de trabalhar com a seleção e representá-la através de fotografias? Parece sonho, mas a vida de Lucas foi conquistado com muita dedicação. “Me sinto privilegiado e um pouco merecedor, sem deixar de ser humilde. Conquistei a confiança dos jogadores, do técnico. O diferencial é registrar os bastidores e fotografar os momentos que são fechados da seleção”, afirma.

"Conquistei a confiança dos jogadores e do técnico. O diferencial é registrar os bastidores e os momentos que são fechados da seleção"
Lucas Figueiredo
Fotógrafo da Seleção Brasileira
Lucas e o canarinho Pistola na Rússia | Foto: Arquivo Pessoal

De acordo com Figueiredo, a copa trouxe reflexão, principalmente em relação a pressão que os jogadores sofrem. “Tem jogo que eu me sinto pressionado, imagina os jogadores como trabalham?”, questiona.

Leia mais: Rússia em detalhes: clima,língua, cultura e cuidados que devem ser tomados no país

 

 
O fotografo registrou vários momentos da seleção durante as partidas | Foto: Lucas Figueiredo
Jogadores comemoram vitória durante partida | Foto: Lucas Figueiredo

Para muitos repórteres cobrir a Copa do Mundo é um momento de muito aprendizado. Um sonho que  toma conta dos mais experientes até os que estão no início da carreira. Aqui em Santa Catarina, os jornalistas da NSC Comunicação Roberto Alves, Cacau Menezes e Diorgenes Pandini foram os enviados especiais para Rússia.

 

A equipe de reportagem do Primeira Pauta Digital conversou com exclusividade com o  repórter fotográfico do jornal ‘Diário Catarinense’, Diorgenes Pandini. Além de ser um grande experiência fazer parte do Mundial, o jornalista conta que ele está se desafiando em outras modalidades do jornalismo como o rádio e TV.

Jornalista do Diário Catarinense foi um dos enviados especiais para participar da cobertura dos jogos da Copa do Mundo | Foto: Diórgenes Pandini/Arquivo Pessoal

De acordo com Pandini, a pressão dos meios de comunicação é grande. Após o término da copa, o jornalista vai levar as histórias dos bastidores e afirma que vai sair muito mais focado.  Apesar de estar no país sede, ele não conseguiu uma credencial para participar dos jogos. “A minha cobertura é por fora dos estádios. Vou ao jogo como torcedor”, lamenta.

Joinville e Moscou estão ligadas pela dança

Só que não é apenas o futebol que liga o Brasil com o país sede da Copa Mundo, apesar de não parecer, Joinville e Moscou têm algo em comum, a dança. A maior cidade do estado de Santa Catarina é a única sede da escola de Balé Bolshoi fora da Rússia. Há 18 anos no norte de Santa Catarina a escola promove o maior festival de dança do mundo.

 

Antônio Viana Neves, jornalista, mais conhecido como Toninho Neves, foi para a Rússia no dia 26 de março de 2001, integrando a comitiva do Prefeito de Joinville, Luiz Henrique da Silveira, que por sua vez foi convidado do Governo Russo para os festejos dos 225 anos de fundação do Bolshoi. “Foi uma viagem multicultural, pois, conhecemos uma cidade rica que mexeu com o mundo, como a Revolução de 1917, depois a Perestroika, país protagonista de eventos que sacudiram o mundo”, afirma Toninho.

Jornalista foi para a Rússia em comemoração aos 225 anos do Bolshoi | Foto: Arquivo Pessoal

Por: Leonardo Koch, Camila Campos, Vinicius Oliveira e Ana Flavia.

Conteúdo produzido para o Primeira Pauta Digital | Disciplina Jornalismo Digital II

5º Fase | 2018