
Startup joinvilense utiliza IA para poupar tempo de empresas
Jovens exploram mercado em ascensão para automatizar processos de pequenos e grandes negócios
Se você acredita que startup boa só nasce no Vale do Silício, aqui está o seu diagnóstico: síndrome de vira-lata. Pois em Joinville, é possível encontrar jovens que, em poucos meses, mudaram a maneira como as empresas se relacionam com a inteligência artificial.
Cansados dos gurus de Linkedin e dos anúncios com grandes promessas de mentorias – geralmente atrelados à venda de um curso no final – os fundadores da Solanis.ia, criaram uma metodologia com um propósito muito simples, poupar o seu tempo.
Um levantamento da BigDataCorp, revela que o número de empresas com referências diretas à IA em seus nomes aumentou mais de 800% nos últimos dois anos, passando de 142 para 1.209 novos CNPJs.
Com um mercado em ascensão, os jovens universitários da Universidade da Região de Joinville (Univille), se juntam para criar IA sob demanda, utilizando a tecnologia para identificar processos repetitivos e custosos para as empresas.
“O que nos diferencia é que entendemos o trabalho humano para poder replicar isso com dados humanos dentro de uma aprendizado de máquina”.
Gustavo Reis, founder e CEO da Solanis
Atualmente a IA está presente na rotina de diversos cargos administrativos, auxiliando na identificação de dados, criando filtros, tabelas e documentos, porém também está presente nos cargos que demandam criatividade e criação de material gráfico, além de salas de aula.
Todo mundo usa, mas será que todo mundo sabe usar? Para entender esse “quase pleonasmo” precisamos entender como funciona a IA da Solanis. De antemão é preciso saber que não é apenas um prompt exuberante de páginas e mais páginas que você poderia replicar dentro do Chat GPT, do Claude e muito menos do Perplexity.

Gustavo explica que para utilizar a IA com 100% de aproveitamento, é necessário ter conhecimento de diversos outros temas da tecnologia, como por exemplo: álgebra linear, probabilidade, estatística, lógica de programação, frameworks de criação de agentes, Python ou TypeScript, isso só para começar.
A própria rotina de trabalho é diferente do que os usuários “freemiums” de IA imaginam. No LangChain, plataforma utilizada pelo time, não existe uma barra de pesquisa para a escrita de um prompt, você precisa conversar com a máquina e ensiná-la através de linha e código puro, criar fluxos drag and drop e integrar com banco de dados.

Marcelo Pottier, sócio e desenvolvedor da Solanis, afirma que cada vez mais as empresas estão entendendo que é possível automatizar seus processos e, consequentemente, economizar dinheiro em suas operações.
Ele também comenta sobre um possível colapso do setor de IA similar ao que vem ocorrendo nos últimos três anos no setor de tecnologia.
“É totalmente possível inflar o mercado, hoje já existe muita gente que afirma trabalhar com IA, todo mundo tá usando N8N e quer fazer um SDR para vender”.
Marcelo Pottier, sócio e desenvolvedor da Solanis
Apesar de existir a possibilidade do mercado inflar, os desenvolvedores da Solanis não sentem uma preocupação iminente em relação à concorrência, pois monitoram constantemente o mercado e concorrentes emergentes.
O resultado? Empresas, Startups, Agências de IA e diversos gurus que vendem inteligência artificial e entregam prompts de GPT, ou terceirizam desenvolvedores freelancer para entregar soluções temporárias e com o mínimo de lógica computacional envolvida.