Na linha de frente contra a Covid-19
Em razão do avanço do coronavírus, profissionais da saúde precisaram mudar sua rotina diária nos hospitais de Joinville
Desde o primeiro caso de coronavírus (Covid-19) confirmado na China, em dezembro de 2019, os meios de comunicação têm estado atentos a esse assunto. Com o primeiro caso confirmado no Brasil, em fevereiro deste ano, novas reflexões foram levantadas. Uma das principais discussões está relacionada aos profissionais, que todas as cidades têm em comum, que não puderam aderir ao isolamento social, visto que trabalham em uma das áreas mais importantes, principalmente em tempos de pandemia: a área da saúde.
Em Joinville, maior cidade do estado de Santa Catarina, a situação também é delicada a esses profissionais. Enquanto diversos setores de comércio e empresas estavam fechados até 13 de abril, quando foi liberado o retorno gradual das atividades, para contribuir com a prevenção da doença, hospitais conhecidos como o Hospital Municipal São José, Regional Hans Dieter Schmidt, Dona Helena e Unimed, além das Unidades de Pronto Atendimento 24 horas (UPA ou PA), entre outras, continuaram trabalhando para garantir o acesso à saúde da população. Até a publicação desta reportagem Joinville contabilizava 237 casos confirmados e 6 mortes pela Covid-19, segundo dados da Secretaria de Saúde (SES) do município.
Porém, apesar da continuidade no atendimento, com a chegada do coronavírus na cidade, houveram mudanças nas rotinas de funcionamento, por isso a reportagem entrou em contato com alguns destes locais para entender o que mudou.
- Hospital Dona Helena
De acordo com Danilo Abreu, superintendente médico do Dona Helena, “o hospital adota rigorosamente todos os protocolos determinados pelas autoridades de saúde, entre os quais a utilização de equipamentos de proteção individual, conforme preconizado pelos órgãos competentes para as equipes que atendem a pacientes com suspeita ou confirmação de Covid-19 – estes, quando necessário, são internados em unidade separadas dos demais”.
Ele afirma que na maioria das vezes os pacientes chegam com sintomas respiratórios, o que caracteriza, ou não, como suspeita para Covid-19. A confirmação acontece após a realização do exame e varia muito o número de pessoas que procuram a área de emergência do hospital, onde os pacientes com suspeita ou confirmação da doença são recebidos e atendidos separadamente dos demais.
O Dona Helena possui 10 leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) com possibilidade de ampliação para 29. “Na maioria das vezes os pacientes são tratados em casa com sintomáticos, repouso e isolamento domiciliar. Uma minoria necessita internação e menos ainda em UTI. Quando internados, além do tratamento com sintomáticos, oxigenoterapia e suporte ventilatório, quando necessário, fazemos parte de projeto de pesquisa de tratamentos experimentais. Ainda não há tratamento específico para o coronavírus”, explica.
- Hospital Municipal São José
De acordo a Prefeitura, entre as principais mudanças está a instalação de um setor de triagem e divisão das unidades de saúde. Há uma parte completamente isolada onde são exclusivamente atendidos possíveis casos de Covid-19. As unidades de saúde da rede pública do município foram divididas em sentinela, que atendem os pacientes com síndromes gripais, já que no primeiro momento não se sabe se é coronavírus ou algum tipo de gripe, e em referência, que atendem outras questões. O atendimento a possíveis pacientes de Covid-19 foi concentrado em 15 unidades, o que é uma estratégia para evitar contaminação e racionalizar o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), já que nesses locais o uso é mais intensivo.
No que diz respeito ao número de UTIs, no Hospital São José há 30 dessas e a possibilidade de ampliação. No âmbito municipal, contando as redes pública e privada, Joinville tem o total de 201 leitos, sendo que 65 já estão reservados para o atendimento exclusivo de pacientes de coronavírus, além dos 290 leitos de enfermaria também específicos para o tratamento da doença. Fora os moradores da cidade, esses locais poderão atender também pacientes de Araquari, Barra do Sul, Garuva, Itapoá, Barra Velha e São João de Itaperiú.
Segundo a Prefeitura, o município já concluiu uma licitação para a compra de testes rápidos de Covid-19 para aplicação em massa. O valor de compra de cada unidade foi R$90 e pode ser considerado abaixo do valor de mercado, que está entre R$180 e R$200. Entretanto, os testes ainda não chegaram.
Com o isolamento social, o São José registrou redução no setor de emergência, mas com a volta da circulação de pessoas houve aumento da demanda. Em relação ao atendimento da rede pública, ele pode ser feito pelos canais Web Saúde (via whatsapp) ou Ligue Saúde, ambos no número (47) 3481-5165. O serviço é 24 horas e funciona todos dias. A pessoa será atendida por médicos, se tiver sintomas leves será orientada a ficar em casa e em caso de sinais críticos a orientação é procurar uma unidade de saúde para a coleta de material para teste e realização de exames.
- Hospital Regional Hans Dieter Schmidt
O diretor do Hospital Regional, Evandro Godoy, explica que entre as mudanças por causa do coronavírus está o fechamento do ambulatório do hospital e o adiamento de consultas de casos não urgentes e cirurgias eletivas, seguindo orientação da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina. “O objetivo dessa suspensão foi deixar mais leitos vagos na instituição, além de evitar o fluxo de muitos pacientes no hospital. Essa medida foi importantíssima, pois permitiu que organizássemos os setores no hospital para realização dos atendimentos aos casos suspeitos de Covid-19”, conta.
Também foram suspensas as visitas em alguns setores, como na psiquiatria, e nos demais foram restritas para apenas um visitante ou um horário. Além disso, segundo o diretor, a instituição possui um Plano de Contingência estruturado e revisado constantemente, o que permite que, conforme o cenário se modifica, novas decisões sejam tomadas para atender aos pacientes com segurança e qualidade.
Em relação às medidas tomadas para proteger os pacientes que procuram a unidade e as pessoas que trabalham no local, ele afirma que os profissionais possuem todos os EPIs necessários para atendimento aos pacientes com suspeita ou confirmação de Covid-19, além de receberem treinamentos sobre seu uso. “Realizamos diversas alterações no hospital, com objetivo de manter os pacientes com sintomas respiratórios afastados dos que procuram nossa instituição por outros motivos ou doenças. Há sala exclusiva para triagem de pacientes com sintomas respiratórios, quartos de isolamento e demais protocolos”, explica.
Godoy também conta que a unidade de saúde possui 20 leitos de Centro de Terapia Intensiva (CTI), e que já houve ampliação e equipamento de outros, de modo que além da quantidade habitual existem mais 14 com a mesma estrutura no setor de isolamento, três na área de cardiologia, 36 para o atendimento a pacientes Covid-19 moderado, além de oito leitos de ventilação mecânica e dois de estabilização.
Até 29 de abril, o Hospital Regional atendeu 161 pessoas que apresentavam sintomas respiratórios, sendo que desses, 88 foram descartados para o coronavírus, 25 estão aguardando resultado e 48 testaram positivo para a doença.
Rotina dos enfermeiros
Os profissionais da saúde fazem parte da linha de frente no enfrentamento contra a Covid-19. Esta área é a mais afetada na pandemia e hospitais e postos de saúde tiveram que se adaptar para receber pacientes infectados ou com suspeita da doença, além de ter que manter em segurança seus funcionários.
Rodemar Hemer, enfermeiro que atua no centro cirúrgico da Unimed, explica que agora, por conta da Covid-19, foi transferido para o Pronto Atendimento (PA). O PA do hospital ficou dividido em dois: o não Covid, onde trabalha, são direcionados os pacientes com dores torácicas e abdominais ou qualquer outro problema que não seja relacionado ao coronavírus. E o PA Covid, para pacientes que têm problemas respiratórios, tosse, dor de garganta, febre, falta de ar, porque são sintomas da doença. Porém, por estar em um novo setor, ele conta que encontrou algumas dificuldades. “Eu trabalho há muito tempo no hospital e, assim como muitos colegas do centro cirúrgico, fui mudado de setor. Alguns foram para o PA, outros para UTI geral, então, não temos noção do setor. Para essas mudanças, o hospital alega que somos técnicos de enfermagem, mas a questão é a falta de experiência que temos”, conta.
Para Luis Felipe Vargas, enfermeiro no UPA (Unidade de Pronto Atendimento), o que mais mudou foi a questão de triagem, no qual ocorre a separação de pacientes com sintomas respiratórios e os que têm outras queixas não relacionadas ao coronavírus. Outro ponto que também mudou foi a rotina do uso de EPIs, já que foi necessário estabelecer o uso de máscaras, avental, luvas, óculos de proteção e gorro, como recomendado pela Secretaria de Saúde.
Melissa Bruske trabalha em uma Unidade Básica de Saúde no bairro Fátima, um dos postos que virou sentinela, isto é, só atende casos de sintomas de coronavírus e medicamentos. A enfermeira explica que o posto está dividido entre a área que lida com casos respiratórios e a farmácia. O paciente não entra, as enfermeiras pegam a receita e entregam a medicação para ele.
“Muitas vezes o paciente chega com muita falta de ar e em mau estado de saúde. Já temos uma sala equipada para atendê-lo, com oxigênio e equipamentos de emergência”, explica Melissa. Porém, como é um posto de saúde e é apenas de passagem, o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) é acionado para encaminhar o paciente até o local especializado.
Dificuldades para conseguir EPIs
Embora seja importante o uso de EPIs para garantir a segurança dos funcionários, suas famílias e pacientes, Rodemar desabafa que não só o hospital onde trabalha, como muitos outros da cidade e do país, estão com dificuldades para disponibilizar máscaras cirúrgicas devido à escassez do produto no mercado. “Por falta do material, trocamos a cada plantão de 12 horas”, diz o enfermeiro. Segundo informações no site do IBSP (Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente), a troca da máscara deve ocorrer com frequência, sempre que ficarem úmidas ou danificadas. A Unimed começou a produzir máscaras cirurgicas de tecido. Porém, após receber reclamações da forma como eram projetadas, o hospital mudou para um modelo de TNT (tecido não tecido), um tecido cirúrgico utilizado em bandejas para esterilização.
Luis também conta que a principal dificuldade foi conseguir os equipamentos: “a paramentação completa só foi oferecida para médicos e enfermeiros de triagem, os demais não ganhavam EPIs, no máximo, uma máscara descartável para um plantão de 12 horas”. Mediante isso, os funcionários fizeram uma queixa ao Ministério Público e foram coagidos pelas chefias imediatas por conta das denúncias. “Ofereciam EPIs como se fosse um favor”, desabafa.
De acordo com o enfermeiro, na área crítica são utilizadas luvas, gorros, máscaras N95, avental descartável e roupa pijama que vai para lavagem após o uso. Na área que não é crítica, usa-se máscaras cirúrgicas descartáveis trocadas a cada quatro horas, óculos de proteção, luvas descartáveis e avental, que é lavado após o uso. Além disso, foram acrescentados alguns equipamentos, como material de entubação separado para paciente suspeito de Covid-19, respirador sistema fechado e isolamento do paciente suspeito.
Máscaras cirúrgicas e máscaras N95
O site do IBSP informa que, baseado em um artigo publicado pela Universidade Oxford comparando as máscaras cirúrgicas e a N95 no combate contra o coronavírus, não há estudos clínicos em relação à Covid-19. Portanto, foi feita a comparação em contexto da gripe e de problemas respiratórios. De acordo com o texto, as máscaras cirúrgicas “fornecem uma barreira a respingos e gotículas que podem atingir a boca, o nariz e o trato respiratório do usuário”. Já as máscaras n95 são utilizadas para impedir que o usuário inale pequenas partículas transportadas pelo ar em procedimentos com geração de aerossóis (como a intubação). Deste modo, a Secretaria de Saúde de Santa Catarina estabelece que, nesses casos, o profissional deve substituir a máscara cirúrgica pela N95.
De acordo com dados fornecidos pela Associação Médica Brasileiro (AMB) para a reportagem apurada pelo G1, 87% das denúncias de falta de equipamentos de proteção são sobre máscaras N95, Foram mais de três mil denúncias de médicos por conta da falta do material, medida mínima para proteção dos profissionais.
Má estruturação dos hospitais
“Nós somos muito mal estruturados para lidar com o vírus”, diz Rodemar. Apesar de possuírem diversos equipamentos de proteção, ainda se sente desprotegido. Ele conta que os enfermeiros do PA não Covid encaminham os pacientes de Covid para os setores de internação, UTI ou para o segundo andar, que é específico para essa finalidade. Utilizam um óculos de proteção, ou máscara face shield, máscara cirúrgica, um avental de tecido que cobre apenas até a canela. “E depois dali?”, questiona. Para Rodemar, “outra grande dificuldade é o próprio hospital de nos manter seguros desse tipo de vírus”. O enfermeiro conta que o avental de pano não protege como deveria. O procedimento é assim: ele leva o paciente com suspeita de coronavírus para o setor de internação, usando apenas o avental por cima dos demais equipamentos, como única proteção extra. Depois disso, volta para o setor não Covid com a mesma roupa e retira o avental. Porém, as demais peças que estava utilizando, como sapato e roupas de baixo continuam os mesmos e podem estar contaminadas.
Melissa diz que está bem estressada por conta das mudanças constantes de regras devido à pandemia e, às vezes, por falta de materiais. “É bem complicado de lidar”, desabafa.
Luis Felipe Vargas é técnico em enfermagem há 18 anos e trabalha na saúde pública há cerca de 11 anos. Já passou por outras infecções como a da H1N1, que, segundo ele, “foi muito pior. O vírus era muito instável, me infectei naquela ocasião, mas não desenvolvi a pneumonia porque eu tinha vacinas de influenza e de pneumonia, que não foram oferecidas pelo empregador, eu comprei”. Porém, o coronavírus está tendo um impacto muito maior na sua saúde psicológica.
“Nunca me senti tão abandonado, minha família me trata como um leproso.”
Para própria proteção, chegando em casa, Luis já tira a roupa na lavação, separa em um balde, vai para o banho e só depois vai para o convívio familiar. Ele conta que está obcecado com a lavagem das mãos: “já estou até fazendo dermatite por causa desse procedimento excessivo”.
O enfermeiro também conta que tem medo, apesar de ter se sentido forte no começo, pois já enfrentou outras situações. Mas que agora está procurando ajuda psicológica. Esse novo vírus é muito traiçoeiro e que vendo outros profissionais da rede privada e de outros hospitais se infectando o assusta: “penso que poderia ser eu ou qualquer pessoa da minha equipe. Cada plantão é um vôo cego. Você não sabe o que vai acontecer”.
Consciência Social
Para Luis, outra dificuldade foi a aceitação da própria comunidade. “As pessoas não veem o coronavírus como algo sério, que pode levar a morte e em função disso questionam e subestimam as medidas de restrição e isolamento.” Rodemar concorda e diz que as pessoas só vão ter mais consciência de que o vírus é feroz e que mata quando acontecer com alguém da família ou da família de alguém próximo.
Rotina dos profissionais da limpeza
Além dos profissionais da área da saúde, como médicos e enfermeiros, é preciso destacar a importância daqueles que trabalham no mesmo ambiente, mas em outro setor: os responsáveis pela limpeza. Como hospitais e clínicas são ambientes que apresentam grandes riscos de contaminação e proliferação de doenças, em tempos de coronavírus o cuidado deve ser redobrado. Por isso, a limpeza e higienização desses ambientes são fundamentais para garantir a saúde de todos os que os frequentam, seja a trabalho ou por necessidade de atendimento.
Considerando o alto risco de contágio do coronavírus, a rotina dos profissionais da limpeza também sofreu algumas alterações. Segundo Nilce da Silva, 48, que atua como serviços gerais no Hospital Municipal São José, os equipamentos de trabalho antes eram o uniforme cedido pela empresa terceirizada, luva e sapato. Máscara e avental eram utilizados apenas quando era preciso limpar as áreas de isolamento. Atualmente, ela está no período noturno em escala 12×36, ou seja, trabalha 12 horas seguidas e folga 36, e é responsável pela limpeza da pré-UTI, UTI, e do pronto socorro (PS) de casos de Covid-19. “No começo, eu fiquei bem tensa para entrar lá. Na verdade, como eu fico dia sim, dia não, para mim, hoje, se transformou em uma rotina normal. Tenho medo, mas tem que pedir pra Deus proteção e se cuidar”, relata.
Além dela, no mesmo horário e local trabalham quatro enfermeiras e um médico. Nilce conta que atualmente precisa usar dois tipos de máscara, dois tipos de luva, duas toucas, avental, proteção nos pés e óculos. “No início, estranha porque no primeiro dia que eu entrei eu estava bem tensa e era desconfortável ter que usar esse monte de coisa a mais”, afirma. Depois de cada procedimento de limpeza feito ela explica que é preciso trocar as luvas, já as máscaras são trocadas de três em três dias. O uniforme agora fica na lavanderia do hospital, pois quando chega o fim do expediente ela precisa tomar banho com um sabão próprio antibacteriano, inclusive lavar os cabelos e trocar as peças íntimas usadas durante o turno para só então poder ir para casa descansar.
Hidroxicloroquina
Na luta contra a Covid-19, estudos e pesquisas sobre vacinas e formas de conter o vírus surgem em vários lugares do mundo. Uma das medicações mais polêmicas é a hidroxicloroquina, que vem sendo politizada e é um discurso muito comum do presidente Jair Bolsonaro. Contudo, é preciso cautela. Segundo reportagem do Viva Bem, a medicação é de uso controlado e aumenta a resposta imune contra determinados microrganismos. Por isso, é utilizada no tratamento de lúpus, por exemplo. A hidroxicloroquina e a cloroquina são formulações diferentes, mas que tem a mesma substância: a cloroquina. Sendo a hidroxicloroquina considerada mais segura em relação aos efeitos. De acordo com a Folha de São Paulo, 35 países já registraram pesquisas clínicas com cloroquina contra Covid-19 e quem lidera são os Estados Unidos. Mas não há comprovação científica sobre sua eficácia nem sobre a gravidade dos efeitos colaterais. A reportagem do Viva Bem afirma que cada organismo reage de um jeito, portanto, os efeitos são diferentes. No entanto, pode causar problemas como distúrbios de visão, alterações cardiovasculares, fadiga e nervosismo.
Apesar dos estudos, vale lembrar que não se sabe quais os efeitos que o medicamente tem contra o coronavírus. Alguns testes indicam melhora no estado do paciente, mas alguns não apontam diferença no tratamento.
Reportagem: Bruna Coelho e Thalita Paula
Foto de capa: disponibilizada pelo Hospital Dona Helena
Conteúdo produzido para o Primeira Pauta Digital | Disciplina Jornal Laboratório II, 7ª fase/2020.