Encerram hoje as inscrições para o “Hackathon TV Box” da Anatel
Agência irá conceder prêmio de R$ 7 mil para melhor solução encontrada
Encerram-se nesta sexta-feira (20) as inscrições para o concurso organizado pela Agência Nacional de Telecomunicações, a Anatel, que tem o objetivo de desenvolver uma solução inovadora para interromper a troca de dados de dispositivos de telecomunicação não homologados pela Agência, ou seja, bloquear as TV Box ilegais, também conhecidas como “GatoNet”.
Podem participar do concurso desenvolvedores, entusiastas e demais profissionais da computação. As inscrições podem ser feitas por meio do site oficial do Hackathon Brasil. A maratona de desenvolvedores está programada para os dias 28 e 29 de setembro e irá conceder prêmios de R$ 7 mil, R$ 3 mil e R$ 2 mil para os três primeiros lugares, respectivamente.
As TV boxes legais são dispositivos IPs que utilizam protocolo de internet e possuem sistema operacional que agrega acesso a diversos aplicativos de streaming, além de navegadores e redes sociais. Porém, há um intenso mercado de comercialização desses aparelhos irregulares, sem a certificação da Anatel, que permite acesso livre e irrestrito a uma grande quantidade de canais, jogos ao vivo, pay-per-view e outros programas. Sem necessidade de assinaturas, esses aparelhos são vendidos “clandestinamente” e até comercializados livremente em sites de comércio eletrônico por um valor médio de R$ 400.
A Anatel informa que, atualmente, há entre 5 e 7 milhões de TV boxes irregulares no Brasil, sem homologação pela agência reguladora. Em 2023, a Anatel realizou 52 operações de combate e bloqueio desses aparelhos. Cerca de 3,9 mil servidores foram derrubados, e galpões de grandes e-commerces, como Amazon e Mercado Livre, foram autuados pela venda irregular do aparelho. A agência ainda salienta que, em uma análise de sua equipe de TI, foi identificada a presença de softwares maliciosos, que permitem ao criminoso assumir o controle da TV box e capturar dados e informações dos usuários, como registros bancários, fotos, entre outros.
Apesar de cada vez mais haver segmentação e proliferação de serviços com preços altos para o padrão brasileiro, a Anatel frisa que o consumidor não deve optar por adquirir esse tipo de serviço, pois, além dos riscos de roubo de informações, a prática de consumir programações sem pagar por elas fere a Lei de Direitos Autorais.
Texto: Ana Pinto, Hayana Ribas, Fagner Ramos, Patryck Cachoeira, Cauê Claro e João Guilherme Nascimento